A gente tem visto um antiviral sendo usado a torto e a
direita ultimamente (não confundir com antigripal, combinação de
“descongestionante” com analgésico, há muito condenado no uso pediátrico).
E para que usar antiviral?
O nome antiviral já é algo enganoso, pois o oseltamivir
(Tamiflu) não mata exatamente o vírus, apenas impede por um curto período a sua
propagação rápida para outras células do organismo - e isso se tomado
precocemente.
Aí paramos para pensar: por que não tomávamos nunca em
anos anteriores a 2009, visto que a medicação já existe há uma quinzena de
anos?
Estávamos correndo mais risco das gripes complicarem antes
do que estamos correndo agora, com seu uso quase indiscriminado?
É a medicina atual do “vai que”.
Pensa o médico do atendimento em emergência:
Vai que eu não receito. Vai que evolui mal (ou vai que
morre!). Vai que me processam!
Toda uma sucessão de possíveis “zebras” para cada paciente
(e que não é exatamente culpa de
ninguém, curiosamente, é culpa de
todo um sistema) sendo substituído por mais uma pílula supostamente milagrosa.