Pais novos têm saúde para perder algumas noites de sono
com filhos que choram ou não querem dormir nas suas camas.
Pais novos têm saúde. Ponto. E podem (as mães, claro)
arriscar diminuir algo da sua saúde com uma gravidez.
Pais novos têm energia para correr atrás (ou na frente, se
for perto de escada) de seus filhos que recém aprenderam a andar.
Pais novos aguentam o peso de seus filhos no colo para
aguardar nas filas das coisas que eles
querem fazer (de padaria a Disneylândia).
Pais novos topam assistir à milionésima reprise do Ursinho
Amarelinho (até porque, às vezes, não acham nada melhor pra fazer).
Pais novos são muitas vezes tão ou mais bobos (crianças)
que as próprias crianças, o que é muito divertido para elas.
Pais novos se assustam menos com coisas pouco importantes
(ou mesmo com as muito importantes).
Pais novos costumam ter uma vida inteira pela frente.
Pais novos têm pique (e, inclusive, nique!).
Pais velhos, não!
A figura acima foi capa (que deu o que falar) da New York
Magazine do ano passado. A reportagem da revista (está disponível no site –
Vale a pena! Não sabe inglês? Passa um tradutor, uai!) desce a lenha nos papais
(mas principalmente mamães) muito velhinhos (frutos de uma sociedade longeva,
capitalista e egoísta, mais ou menos assim, segundo os autores).