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27 de setembro de 2019

Grupo Escolar



Imagino que algum "brilhante" burocrata da secretaria de educação do governo catarinense (não somente catarinense, tenho visto em outros estados o mesmo brilhantismo) teve a brilhante ideia de fazer pré-escolares e escolares passarem por mais um afiado tormento: comprovar seus grupos sanguíneos "para o caso de".
Para o caso de que? 
Qual o motivo de as escolas portarem dados de tipo sanguíneo de seus alunos?
Imagino que a resposta "óbvia" seja a trágica suposição de algum acidente com o transporte escolar, ou mesmo a necessidade de transfusão de sangue urgente em alguns alunos atingidos por um atirador maluco.
Ja disse aqui antes: a não ser em raríssimas exceções (corredores de fórmula 1 é uma delas) não se confia em dados burocráticos achados em algum computador para se transfundir alguém que em situações normais (não sendo piloto de fórmula 1, por exemplo) teria poucas chances de precisar uma transfusão de sangue.

É muito (muito!) mais racional tipar no momento em que a necessidade aparece, até porque laboratórios de emergências têm essa missão com alguma frequência e, além disso, não se transfunde alguém sem a chamada "prova cruzada" (doador vs. receptor). E é bom não dar ideia, pois algum outro burocrata pode querer deixar banco de doadores para cada receptor pronto nas escolas!