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20 de setembro de 2019

Intricado, Inteligente



Saiu há poucos dias mais uma revisão da complicada genética dos indivíduos com autismo, essa na famosa revista científica Cell ("Getting to the Core of Autism", "Chegando ao Âmago do Autismo").
Algumas coisas chamam a atenção (a mim, ao menos):
Uma delas é que (quase que) "todo mundo é autista", o que de certa forma é tranquilizador, pelo menos naqueles situados nos extremos mais brandos do chamado "espectro", termo utilizado para se dar uma ideia da grande abrangência dos sinais. É espectro mesmo, e é muito abrangente.
E aí a outra questão importante: se "quase todo mundo é autista", não precisamos nos descabelar ao percebermos sinais (leves, ao menos).
O outro fato (re)citado é sobre o grande parentesco genético da inteligência superior com o autismo, que é o que se vê de forma extrema em muitos superdotados. Isso nas formas mais habituais, chamadas poligênicas (dependentes de vários genes, separadamente ou associados - curiosamente bem menos sérias do que nas formas afetadas por um só gene, chamadas monogênicas, justamente porque nas monogênicas o "defeito" reside em genes mais definidores das funções intelectuais mais básicas).

Cura? Tratamento genético? É justamente essa complexidade relatada nas interações dos vários genes com as proteínas envolvidas no desenvolvimento e funcionamento cerebral o que faz parecer que por muito tempo isso será uma mera utopia.