Baseado no que dissemos (escrevemos) na postagem anterior ("Alta Taxa Evolutiva"), um dos grandes equívocos que se comete o tempo todo em relação à saúde das crianças é o desconhecimento da relação estresse e ganho de peso.
Crianças que nascem nas condições descritas (ambiente intra-uterino "estressado") têm todo o chamado eixo hormonal (desde o cérebro até os órgãos recebedores dos estímulos hormonais) excessivamente ativado. Estas circunstâncias são geradoras de uma "conspiração" para que este organismo ganhe peso de forma excessiva (excesso de cortisol, excesso de insulina, glicemias mais elevadas, facilitação de depósitos gordurosos durante algumas fases da vida em detrimento da formação de massa magra, etc.).
Se essa criança porventura nasce com "baixo peso" (ou mesmo com risco de baixo peso) os cuidados devem ser não para que ganhe (ou "recupere") peso de forma rápida (muitas vezes com instituição de regimes baseados em fórmulas hipercalóricas), mas sim para que se "proteja" esse pouco ganho, porque em algum momento é provável que o organismo "cobre a conta em dobro", gerando uma obesidade - de difícil correção - e suas consequências.
Se temos dificuldades em fazer com que médicos compreendam isso, imagine com leigos, ansiosos para ver seus "pimpolhos" decolarem no ganho de peso...