A identidade de cada um de nós se faz com maior crescimento dos cabelos, com a mudança da cor dos olhos, com a postura, com o comportamento, com o "jeitão".
No outro extremo das idades, o mesmo fenômeno vai acontecendo:
Mesmo aqueles que eram bem diferentes uns dos outros vão tendendo a ficar muito parecidos: os mesmos ombros meio encurvados, umas olheiras mais pronunciadas, cabelos brancos revoltosos, pele fina e seca, gestos lentos, um olhar mais pacífico.
Faz pensar. No começo da vida, nos igualamos para - de partida - sabermos que somos farinha do mesmo saco. Mais para o fim dela, vamos percebendo que não importa o que tenhamos feito (ou muito mais deixado de fazer), vamos tendo exatamente o mesmo destino.
O que me parece mais triste nisso tudo é o fato de que no início não saibamos nenhum dos truques para o bem viver, e no fim, nos esqueçamos de quase todos eles.