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23 de junho de 2017

Sócios Pagam Caro


Qualquer pai e qualquer mãe ao se deparar com algum comportamento potencialmente aditivo (que pode levar ao vício) de seu filho naturalmente se preocuparia.
Pelo menos tentaria buscar tratamento especializado.
Não é o que acontece com as chamadas mídias sociais (Facebook, Instagram, Whatsapp e outros). 
Se você está pensando que é exagero, que as mídias não viciam, não causam dependência, olhe para o seu lado (ou mesmo olhe para o espelho!). Verá pessoas absolutamente alienadas do mundo, catando um sinal de wifi desesperadamente para saber das últimas, irritadas quando alguém as interrompe.
As mídias sociais foram sendo aperfeiçoadas com o passar do tempo para apresentar informações de maneira que viciem, por experts do ramo da psicologia ligados aos jogos de azar dos cassinos. Assustaria alguém que viesse de um passado não tão remoto, ver as pessoas grudadas nos seus smartphones enquanto comem, atravessam a rua ou mesmo quando estão no banho ou dirigindo.
De forma interessante, os "viciados" (como todo viciado) têm na ponta da lingua a lista de vantagens de pertencer a esse mundo: sociabilização, informação, serviços, lazer, etc. Todos os itens que existem de forma melhor fora das mídias (mas é difícil convencê-los)! 
Outro fato interessante (e muito preocupante!) é que esse vício é o único (com exceção, talvez, da televisão, mas em menor grau) em que os pais mais do que ensinar aos filhos aprendem com eles, criando uma legitimação (e mesmo estímulo) do ato no próprio ambiente domiciliar (e com muito pouco senso crítico).


Há que se pensar nisso. As pessoas mais equilibradas emocionalmente, realizadas profissionalmente, saudáveis, não serão no longo prazo aquelas grudadas nessas mídias. Bem pelo contrário.