Ainda no assunto sexualidade:
Mesmo sendo vital para todos nós - e fonte de angústias, medos, ansiedades, mas também grandes prazeres, alegrias, satisfações - a sexualidade continua sendo um assunto sobre o qual se deve falar (ou, no caso aqui, escrever) tendo muito em conta para quem estamos falando (ou escrevendo).
Note, no entanto, que na escrita isso é quase impossível de se conseguir.
Eu sei lá se você que me lê agora (se é que há realmente alguém me lendo agora ou em qualquer época!) é uma senhora religiosa septuagenária (mas não necessariamente "não despudorada", sem ofensas) ou uma mãe - porque admito sempre de cara de que quem me lê aqui costuma ser mãe, raramente pai - na faixa dos 20 e poucos anos e com padrões morais totalmente distintos (mas também não necessariamente "não totalmente pudica"!).
Meio complicado.
Mas fascinante, a diversidade de opiniões. É somente uma questão de sondar terrenos. E não ter receio de ser alguém aberto aos estilos de vida variados, à interferência das religiões (sempre tão presente, ainda que na minha humilde opinião algo nefasta, porque menos honesta que a busca pela própria moralidade), à influência das mídias, aos modismos, às convicções.
Um escritor famoso (John Cleese, nobel de literatura que, inclusive, lutou muito contra a percepção de que era homossexual e estava tomando a "estrada errada" no seu casamento hetero, e com isso foi muito infeliz) escreveu que, em termos de sexualidade, cada um de nós não parece ser da mesma espécie que o outro. Somos muito "iguais" nos hábitos de vestir, comer, brincar, etc., mas quando se trata de sexualidade, cada cabeça parece ser um outro universo.
Tendo a concordar.