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17 de junho de 2016

Evitando Tudo


O que é tragicamente engraçado quando se trata de prevenção em saúde?
É que são muitíssimas as medidas preventivas, quando se engloba a saúde como um todo. Óbvio. A gente lê e ouve isso toda hora.
O trágico é que a gente quase nunca sabe o que nos espera (com as raras exceções de certas doenças genéticas ou de males "já iniciados").
E aí, você ficou o tempo todo se preocupando em tomar o seu chimarrão frio (porque qualquer bebida
estupidamente quente é um fator reconhecido predisponente ao câncer de esôfago) e você é um abençoado genético que só teria câncer de esôfago aos... 377 anos!
Ou então você desde muito cedo se privou dos prazeres da mesa com receio da sua história familiar de diabete - sendo que você apresentava uma genética diversa - o que não aconteceu na área sexual, onde pagou um preço altíssimo por ter se infectado com um mero HPV.
Não há ainda como se traçar um mapa das nossas vulnerabilidades, atuais e muito menos futuras. E eu imagino a conversa dos seres humanos já tão angustiados com suas atuais ou futuras doenças se soubessem no que teriam que focar para morrerem aos... 377 anos (aí, sim, de velhice!):
"Não como nada que contenha corante amarelo. Posso desenvolver uma alergia a qualquer momento!".
"Eu fujo das gorduras: futura colecistite".
"Eu só uso essas pantufas o dia inteiro, pois terei uma artrite aos 60 anos, mais ou menos. Já vou poupando meus pezinhos".
"Eu ficarei surdo, por isso peço que fale mais baixo".
"Falaria, se não fosse um fumante passivo com forte propensão ao câncer de laringe. Por isso, me calo".
Loucura?
Espere mais alguns anos...