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26 de junho de 2015

O Que Os Olhos Não Vêem (II)


Médico não é padre, e mesmo que fosse, seus pacientes dificilmente contariam todos os seus pecados a ele - como, de resto, dificilmente contam ao próprio padre!
E não sem razão isso acontece: lembro de alguns colegas que fazem cara de patrão do Dino da Silva Sauro (lembram?) quando seus pacientes confessam alguma "falha de conduta" em relação à sua saúde.
Na questão dos medicamentos, por exemplo:
Há aquelas medicações que o paciente diz para o médico que toma, mas não toma. Por vários motivos: preço, medo dos efeitos colaterais, por achar que não precisa realmente, preguiça, descrença, incapacidade pela apresentação (cápsula, injetável, etc.), desconfiança do diagnóstico, etc.
Há também aqueles remédios (na maioria falsos remédios) que o paciente toma, mas que não diz que toma. Igualmente por vários motivos: medo da "bronca" do médico, esquecimento, por achar a informação irrelevante, pela própria opção em relação ao medicamento prescrito, etc.
O segundo caso me parece menos frequente. E no caso da Pediatria, um "remédio" me vem logo à mente como principal exemplo (o dos "esquecidos"):
O tal do Vick Vaporub. Uma meleca fedorenta (fedorenta de cheiro bom, segundo a maioria), que só serve para piorar os sintomas dos pacientes (mas que desde o tempo da vovó é um campeão de vendas), como já descrevi aqui.
Quase que dá pra dizer: melhor não conte, mesmo!