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12 de junho de 2015

Ainda Impopulares


Olha, pra mim que sou descrente de quase tudo, considero uma vingança certos empecilhos que os tais remédios biológicos enfrentam.
Remédios biológicos têm em comum o fato de:
Precisarem de alta tecnologia para serem produzidos,
Ainda não poderem ser copiados (genéricos), justamente pela complexidade na produção,
Serem extremamente caros,
Terem uma quantidade grande de efeitos colaterais (alguns deles muito piores do que a doença que propõem tratar), fato "varrido pra baixo do tapete" pela indústria, pela mídia - tanto leiga quanto especializada - e, principalmente, por boa parte dos médicos que obtêm vantagens ao prescrevê-los,
Darem um ar up-to-date aos profissionais que os prescrevem (em comparação ao ar démodé dos que prescrevem os "baratinhos, mas ainda eficientes, e com efeitos colaterais já conhecidos de longa data"),
Contarem com uma tremenda verba (comparável aos seus custos) para intermediar liberações apressadas de órgãos governamentais, fraudar resultados de trabalhos científicos, gerar reportagens em que se decantam seus grandes benefícios,
Terem nomes muito mais impronunciáveis do que os remédios mais antigos, e etc.
Então: como escrevi no início, esses próprios estratagemas que a indústria se vê obrigada a fazer para popularizá-los, e o seu (graças à Deus?) altíssimo custo fez com que (ainda!) não caíssem no gosto e uso popular.
Mas já há muita gente arrebentando patrimônios. Há muita gente sendo cobaia para efeitos colaterais ainda desconhecidos. Há muita gente pagando duas férias anuais de médicos na Grécia e em remotas ilhas da Europa.

(a notícia da semana? jogue fora suas estatinas do tratamento do colesterol elevado! já temos maravilhosos biológicos aprovados!) Grrr!!

Vou sempre terminar essas postagens com a frase:
Eu ponho a boca no trombone! Mas eu não sou ninguém!...