As batalhas contra a indústria já começam perdidas. Quando você pensa que o inimigo está batendo em retirada com um tacape, lá vem ele com um tremendo canhão.
É o caso dos derivados lácteos. Brigamos, brigamos (brigamos significa: brigo eu e mais uns poucos abnegados antipáticos!) contra essa praga na alimentação da criança chamada Danoninho e, quando começamos a ter alguma esperança, o que acontece?
Claro! As indústrias inventaram um "Danonão", um Danoninho para adultos - mas que as mamães já correram dar para os pequenos, claro: o tal iogurte grego (chique, não?).
O iogurte grego caiu no gosto da galera (no mundo inteiro), pois é mais consistente, mais "rico em proteínas" (grande coisa!) e "mais saboroso".
O não dito: cheio de gordura saturada (num processo de fabricação muito parecido com o do Danoninho, resultando numa quantidade de gordura total e saturada inclusive maior que a do Danoninho), adoçado de montão e, consequentemente, hipercalórico e relativamente pouco saudável, principalmente para crianças pequenas ou para crianças obesas ou com propensão à obesidade.
Na comparação com o "velho" leite?
O triplo da quantidade de carboidratos. O dobro da quantidade de calorias por porção.
Não é que essas novidades devam ser proibidas. Ninguém explode comendo um iogurte grego (pelo menos não no curto prazo)! A questão é a incorporação dessas coisas no dia a dia (em alguns casos no hora a hora). Não será nada bom.