"Feijão tem gosto de festa
É melhor e mal não faz
Ontem, hoje e sempre
O preto que satisfaz!"
Se você não é velhinho como eu, talvez não conheça esse "clássico" cantado pelas Frenéticas (hoje todas respeitosas senhoras).
Lá no começo, a letra diz:
"Dez entre dez brasileiros preferem feijão"
E é mesmo uma verdade. Uma preferência nacional.
E ainda que boa fonte de proteína e de ferro (muito menos nobre que nas carnes, pois a própria leguminosa possui fitatos e tanino, que atrapalham a absorção do ferro e do cálcio e das proteínas, respectivamente) não é um alimento assim tão essencial!
Digo isso porque as mães, quase sempre ansiosas com a nutrição dos seus filhos, muitas vezes obrigam seus filhos a comer a "meleca". Sem levar em conta justamente isso: pra algumas crianças o feijão pode ser apenas uma "meleca" que os pais as forçam a comer, aumentando a "raivinha" contra o alimento.
Ninguém, é claro, deve comer algo por obrigação, mesmo quando é saudável (o inverso não é verdade: pode-se, e é até recomendável, proibir as crianças de comerem o que não é saudável).
Se o seu filho também odeia esse tal de feijão (muitos pequenos acham que o feijão "suja" o prato de preto), libere-o da agonia.
Dê o exemplo: coma você (se você gosta!) e aguarde até o dia que ele faça as pazes com o pretinho (ou deveria dizer: afro-leguminosa?).
(Claro que a regra vale pros outros alimentos saudáveis. O feijão é, no entanto, emblemático)