A plagiocefalia, a deformidade do crânio mais frequentemente vista em bebês, costumava gerar pouca ansiedade, fosse nos pais - que muitas vezes não a percebem - fosse nos próprios pediatras.
"Desentorta" com o tempo e com o crescimento do crânio, e não é comum que dê qualquer problema - a resposta oficial dada para os pais.
O porém é que plagiocefalias têm se tornado mais comuns pela incidência maior de prematuros sobreviventes. E parte da explicação para seus craniozinhos "tortos" é a postura que assumem, seja na UTI neonatal, seja depois, já em casa.
É quase inevitável, portanto, que "entortem".
E aí, nos estudos comparativos das crianças com plagiocefalia com aquelas que não a têm, problemas de desenvolvimento (linguagem, problemas motores, de aprendizado, etc.) estão sendo mais comuns.
O que se acha, no entanto, é que a plagiocefalia pode ser mais um "marcador" de que as coisas não andaram (ou mesmo não andarão) muito bem para aquele bebê do que uma propriamente uma causa de problemas.