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3 de janeiro de 2014

Vias Opostas


Se você não comeu muito neste (e nos outros) Natal e Ano Novo, você não é deste planeta.
A possível diferença entre você e o seu vizinho é em relação à atividade física. Enquanto você deitou na rede no dia 24 para só se levantar dela no dia 2, o morador ao lado suou a regata em todos estes dias.
Um estudo deste mês, realizado com requintes como biópsia de gordura corporal, mostrou que os efeitos deletérios das comilanças do fim de ano (como de qualquer parte dele) são grandemente atenuados por uma hora de exercício físico intenso (esse intenso varia, claro, de acordo com a faixa etária e condições físicas).
Nos dois grupos que se empanturraram de nutrientes houve ganho de peso (também, é claro que muito menor nos "malhadores" - 2,7kg na semana dos "parados", contra 1,6kg nos ativos). A diferença é que nos praticaram a hora diária de exercício as medições metabólicas (insulina, triglicerídeos, etc.) quase não se alteraram.
Parece meio óbvio. Entusiasma pouco porque os malhadores também engordaram (não é o efeito estético que mais importa?), e provavelmente engordariam bastante no longo prazo. E ainda tem o perigo de estimular a bulimia, na prática excessiva de exercício para tentar compensar a ingestão, com prejuízos no longo prazo.
Serve, de novo, para pôr a ênfase na alimentação, ainda que mostre que o pecado da gula tem sua expiação parcial na esteira.