Falo não tanto como pediatra quanto como alguém preocupado com a imbecilização do país:
Quem está na faixa dos quarenta e tanto, alguma vez lembra de os pais perguntando o que eles (crianças de então) queriam ouvir no som do carro?
E, caso houvesse Cartoons e Discoverys Kids na época, abririam mão os pais de seus programas para verem desenho animado o dia inteiro?
Certamente os tempos são outros, mas não são um bom argumento para a infantocracia atual.
Crianças de outrora, "obrigadas" a verem e ouvirem o que era gosto dos seus pais, cresciam com eles, e iam se tornando adultas. Não que não vissem o que queriam, mas não tinham a prioridade na escolha o tempo todo - não importava quanta carinha de gato do Shrek fizessem.
Hoje, são os pais que se obrigam a se manter infantilizados nas suas programações e gostos, criando ambientes familiares onde o teto da idade mental pára nos treze. E um público consumidor (e uma população votante) é muito mais fácil de agradar nessa faixa etária.