Procure por assunto (ex.: vacinas, febre, etc.) no ícone da "lupinha" no canto superior esquerdo

24 de setembro de 2013

Tortura


A atitude do pediatra em relação aos pacientes com escoliose (a deformidade em "C" ou "S"  para quem vê a coluna por trás) costuma ser: confirmar ou não a sua presença e o encaminhamento para um ortopedista. Mas é claro que (principalmente hoje em dia) os pais, na dúvida, já passam a mão no telefone e marcam eles mesmos a avaliação especializada.
Um editorial fresquinho do New England Journal of Medicine comenta sobre as últimas décadas de tratamento com o uso de coletes. 
Diz ali que uma grande dificuldade nesse tipo de tratamento é o cumprimento do número de horas necessário para a diferença ocorrer (18 horas ao dia!) e que, para muitos - cerca da metade dos casos - que não cumprem nem de longe esse número de horas a melhora da escoliose acaba sendo espontânea mesmo, e não por causa dos coletes.
É a história do possivelmente se estar tratando mais gente do que precisa, com um método que não se comprova mais eficaz do que não fazer nada para muita gente. Curioso como essas informações se repetem com a busca das verdades médicas dos últimos tempos (o que não é ruim...)!
O que fica como ensinamento é que escolioses com grande angulação (de 40 a 50 graus para mais) são aquelas que devem ser vistas com mais cuidado. Aí, às vezes, o tratamento cirúrgico é o mais indicado.

A foto acima - que bem poderia representar uma coluna escoliótica - mostra uma escultura assustadora mais no som do que na forma: é a Singing Ringing Tree ("árvore cantora ressonante"), uma "árvore" de tubos de aço que, ao ser acionada pelo vento da colina onde se situa (em Lancashire, Inglaterra), emite sons fantasmagóricos, equivalentes a milhares de janelas em dia de ventania. Vale a visita?