Aficionado do futebol que sou, volta e meia vejo um crime
contra a boa regra da Neurologia em campo.
Quando dois jogadores batem o coco de forma mais
importante (ou mesmo quando só um deles o faz – contra o próprio gramado, por
exemplo) em hipótese alguma deveriam voltar a jogar (muito menos com aquelas
touquinhas ridículas de nadadores, utilizadas com a intenção de estancar algum
sangramento)!
Os neurônios (as células do cérebro) são agredidos no
momento da concussão (a batida na cabeça). E o tempo decorrido entre a agressão
e a “cicatrização” da célula, variável entre indivíduos diferentes, pode ser de
até 7 dias, aproximadamente.
Nesse intervalo, jogador (profissional ou de pelada) deve
ser colocado em repouso (físico e/ou até mesmo mental) para diminuírem as chances de mais agressões às células
neuronais.
Crianças que batem a cabeça na escola também devem ir para
casa após a avaliação, e não permanecerem brincando (ou mesmo estudando),
principalmente se sentem meio grogues.
(não esquecendo que os exames radiológicos, ainda que
importantes, não mostram lesão às células,
mostram apenas lesões macroscópicas mais graves – e, portanto, visíveis)