Seja qual for sua opinião (que eu até já adivinho), não se
pode deixar de reconhecer a ousadia, a coragem e principalmente o estômago do
pesquisador inglês Shaun Ellis (não veja antes – e nem depois! – do jantar):
ele, para interferir na vida dos lobos introduzidos na floresta britânica,
passou dois anos na companhia deles. “Conversando”, acariciando (meio que até
demais) e “dividindo a mesa” com eles.
É isso. Ellis dividia as apetitosas vísceras dos animais
mortos na floresta, direto da fonte!
E aí a surpresa: disse que nunca foi tão saudável quanto
nesse período da sua vida.
Segundo ele, seu organismo (aparelho digestivo e imunidade
incluídos) se adaptou aos germes presentes na carne crua dos animais selvagens.
Acreditando ou não (a teoria é bem plausível), seu exemplo
nos dá mostra do quanto temos estado medrosos (“borrões”) em relação à presença
de germes daqui e dali nos nossos ambientes e/ou mesas e que, embora não
devamos ser totalmente desleixados, um pouquinho da velha “vitamina S” (de
Sujeira) vai provavelmente nos fazer muito mais bem do que mal.