Quando se trata de estratégias para perder peso, muitas e
muitas vezes os pais incluem como protagonista a tal da fruta. Assim: “fruta”,
sem mesmo nomeá-la, e aí já a primeira coisa curiosa. Como se fruta fosse tudo
igual.
Um abacate é igual a uma carambola, assim como um Fusca é
igual a um BMW (assim como o Ricardo Macchi é igual ao Dustin Hoffman, a
propaganda já nos mostrou).
Parece então que incluir fruta no cardápio faz milagres,
ou faz toda a diferença.
Ninguém vai negar as vantagens de uma alimentação mais
saudável, com inclusão de frutas (bem como legumes, bem como nozes, bem como...
o que mais, mesmo?).
Acontece que, na tentativa das fórmulas mágicas, pais
dizem: “Eu falo pra ele, quando está com fome, à tarde, comer uma fruta!”,
achando que podemos enganar a vontade de comer uma maria-mole ou um Doritos assim, na moleza. E crendo, na
maior inocência, que uma fruta – seja ela qual for – vai fazer o filho perder
peso!
A maioria das frutas mais populares (banana, maçã, pêra,
etc.) é constituída basicamente de um pool
de carboidratos, fibras, vitaminas e sais minerais. Uma beleza.
Mas por quase não conterem nem proteína nem gordura
induzem (quando são somente elas nas refeições, nota bene) a uma resposta de elevação rápida de insulina, causando
fome logo ali, na esquina do pastel mais próxima.
Resultado? Nenhum resultado esperado. Apenas a vilania de
ser forçada como solução da fome de... batata frita com maionese.