Há alguns anos escrevi aqui que tudo o que se podia ter em relação à vacina contra o HPV era a grande esperança de que ela realmente funcionasse (ou seja, que realmente mostrasse resultados de diminuição na incidência de câncer passado alguns anos - já que o câncer leva anos para aparecer, e que a vacina somente poderia ser louvada se essas incidências diminuíssem, coisa que até então não havia como provar).
O tempo passou.
E o melhor aconteceu.
Em países como a Austrália (com altos índices de vacinação, e onde os dados costumam ser confiáveis), há a comprovação real da queda nos números do câncer (e eles são até meio impressionantes).
Comprovados os efeitos, o que resta é convencer o mundo de que deu certo.
E lembrar que não é só o câncer cervical vaginal que ela evita.
Evita muitos cânceres de canal anal, muitos cânceres de orofaringe. Todos eles muito vinculados ao HPV.
E agora temos que convencer os meninos (que obviamente não têm vagina, mas têm ânus e boca, e são muito mais infectados pelo HPV) a seguir direitinho as normas vacinais.