Não adianta nem querer falar de outra coisa.
Mas o mundo todo já percebeu que estamos vivendo mais um momento histórico.
O planeta foi colocado de joelhos, de forma impressionante, por um bichinho minúsculo, bem menor que um carrapato.
Ninguém - nem mesmo Trump, nem mesmo Bolsonaro, nem mesmo Kim Jong-Un - mais nega o perigo de um germe tão facilmente transmissível (ei! Putin nega! mesmo continente, pior clima, maior país do mundo, e não se fala!).
Devemos, no entanto, pra minimizar o pânico, pensar na "continha mágica":
Esqueça "número total de casos". É, de certa maneira, "falso". É inútil.* E é bem menos nos números do que é de verdade. E é bem por isso que preocupa menos.
Veja as mortes. E divida pelo (apenas) suposto número real de casos.
O numerador não se altera. Ou não se altera muito, porque há ainda gente que morre da "causa" e não a tem diagnosticada.
Já o denominador, esse cresce, e cresce muito. Há muita, mas muita gente agora por esse mundão inteiro que nesse momento está infectada. E tranquila. Tão tranquila quanto um desejo de saúde após o espirro.
Então o resultado se mostra menos feio. Não é, quase com certeza absoluta, esses perto de 3%. É bem menor! E tanto menor quanto mais contagiosa a doença tem se mostrado.
Não é um "nada". Não estamos todos errados. A Ciência diz que "bicho que vem de outro bicho" (de morcego? de cobra? de lagarto? de macaco?) pode mesmo dar zebra, sem querer fazer piada. Mas erramos no pânico. Erramos em bater cabeça. Erramos em não unificarmos as medidas.
*Assim como são ridículos os anúncios de toda hora: "Cantor X está com coronavírus", "Governador Y está infectado". É exatamente como dizer num passado recente: "Cantor X e governador Y têm o vírus da gripe" (e daí? morreram? estão diferentes do resto do planeta?). Me avisem apenas das mortes, por favor!
Uma piadinha, pra relaxar:
Deu na TV:
"Cientistas confirmam: a grande causa de morte por coronavírus está no uso do celular!"
Ah, gente, mas também... O que é a vida, né?...