1... 2... 3... Tô só contando os dias. Quanto tempo levará para nosso querido país (desculpe o termo!) "abrir as pernas" para o cigarro eletrônico?
Porque que vai abrir, vai!
Tem assuntos que a gente trata com fumacinha saindo da cabeça, exatamente como um cigarro faz. Esse é um deles.
Esse mercado, o dos "cigarros" eletrônicos (mais adequadamente chamados de vaporizadores de nicotina, ou "vapes", na forma mais chique - que é, portanto, a que vai pegar também por aqui), é um mercado bilionário. E se é bilionário, é só questão de tempo para órgãos regulamentadores (leia-se Anvisa) perceber que "dá, sim, para liberar, desde que..." (um monte de etc.).
A enorme preocupação é que, diferente dos "tradicionais" cigarros, essas geringonças estão sendo cada vez mais trabalhadas pela indústria para "pegar pelas pernas" (de novo as pernas!...) adivinha quem? Crianças (que, como se sabe, têm sua faixa etária cada vez mais ampliada hoje)!
É aparelhinho lindo, modernoso. É sabor disso e daquilo. É frasco multicolor. É o charme de soprar fumaça pelas ventas, como um dragão das estórias que os jovens tanto gostam...
Tudo com uma finalidade só: tornar o usuário viciado em nicotina, a droga mais viciante conhecida (como bem explica Dráuzio Varela no Youtube)! E com o pretexto bonitinho de que há uma "redução de danos" para quem fuma. Ótimo! E para quem não fuma(va)? Pensa num jovem, totalmente influenciável, vendo seus amigos soltando fogo pelas ventas. Vai querer fazer o mesmo ou não?
Mais uma briga (perdida, no mais das vezes) para pais, médicos, educadores.
(Há, curiosamente, uma discussão no site "Quora" há respeito do uso desses aparelhinhos com medicações, ao invés dessa praga, chamada nicotina. Pode ser que chegue, sim, mas precisará de mais desenvolvimento tecnológico, e o meu receio particular é o de que torne medicações também "cool" demais...).