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8 de junho de 2018

"Intragáveis" II


Uma outra coisa que "pega" no assunto anterior ("Intragáveis") é que a definição do que é "café da manhã" varia muito de pessoa para pessoa e de uma região geográfica para outra.
Os clássicos cafés da manhã que os americanos venderam como imagem para o mundo incluíam quase sempre ou um volume mastodôndico de comida (ovos, bacon, panquecas, melado, etc.) - mas é o "brunch" deles, a junção do café da manhã com o almoço em uma só refeição - ou, pior ainda, o famoso "pote de cereal com leite", uma opção das piores, seja de dia ou de noite.*
Não estou aqui para advogar uma ou outra escolha (para detonar as escolhas ruins, sim, porque estas não dependem de gosto pessoal, devem ser desaconselhadas), mas é algo que temos que conceder na queixa dos pacientes: falta tempo, falta às vezes dinheiro, falta algum conhecimento, e não faltam falsos mitos de que "talvez seja uma boa idéia jogar fora uma refeição: menos calorias, mais saúde".
Com tudo isso, estejam atentos: o café da manhã ainda não desceu do primeiro lugar do ranking. Continua sendo a principal refeição do dia, aquela que deveríamos planejar e preparar com um pouquinho mais de cuidado.

*Suspeito que esse próprio fato possa ter influenciado na visão de muita gente de que café da manhã engorda, afinal os americanos estão no topo da lista dos povos mais gordos e metabolicamente doentes!