Friozinho chegando, e a gente se defendendo como pode.
Sempre é prudente lembrar, no entanto, uma regra de ouro na saúde:
Toda mudança filogenética (ou, seja, mudança feita na história recente da humanidade) tem implicações desconhecidas na nossa saúde.
Explicando de maneira prática:
Se o homem das cavernas (em qualquer era na qual se queira comparar) comia carne de animais crua (ou, mais recentemente, "churrasqueada") é provável que o nosso organismo de homem moderno lide bem com a capacidade de digerir carne dessa forma, pois os milênios de "prática digestiva" prepararam a raça humana para isso.
Inversamente, no frio, seguimos duas práticas às quais nosso organismo não se preparou para que acontecessem (e por isso, temos poucas defesas criadas nesse pouco tempo de humanidade para lidar com isso):
A primeira é a do banho quente (ou mais propriamente "pelando"!). Nossas peles são agredidas no processo. E lesam. Acrescida à lesão provocada pelo próprio frio, temos no inverno os problemas característicos de dermatites rebeldes.
A segunda é a da ingestão de líquidos quentes (ou, de novo, "pelando"). Nenhum homem pré-histórico tomou líquidos mais do que "morninhos". Provavelmente nosso aparelho digestivo não está adaptado para lidar com temperaturas muito altas, o que teoricamente poderia acontecer somente daqui a alguns milênios mais. Consequência: sintomas digestivos vários, mas principalmente o câncer, em pessoas suscetíveis.
O recado, com sempre, é a moderação no uso disso tudo.
O recado, com sempre, é a moderação no uso disso tudo.