Mas são muito influenciadas pelo meio (na própria frase acima, subentende-se o fato: "quando tiverem que se desenvolver". E se não tiverem? Vão se prolongando na sua infanciazinha).
Se a gente parar pra pensar na infância de outros tempos (para trás, que é pra onde conseguimos olhar) percebemos que muita gente foi forçada a sair da infância - desculpe o termo - "na porrada" (às vezes até literalmente).
E num certo sentido, isso é muito bom (menos a parte da porrada). Porque a gente tende a se acomodar, mesmo. Claro que boa parte dos nossos problemas, traumas, transtornos vêm do desencanto ao encarar a crueldade do mundo adulto. Mas ela, a crueldade, existe, e é com ela que temos que lidar, cedo ou tarde.
Períodos de guerra, de fome, de grandes problemas sociais somados ao olhar de estranheza para aquelas pessoinhas pouco estudadas e menos compreendidas abreviaram os jogos, os brinquedos, a "moleza". Mas ajudaram a forjar caráter, a valorizar conquistas, a "ralar".
Pais de hoje vêem seus filhos "emperrados" na infância, na adolescência. Fazer o que? É geracional, não é muito diferente dos filhos do vizinho. Devem, no entanto, estar atentos ao exagero, ao mal que fazem a eles no tolher as asas, no não deixar que voem, no não dar um empurrãozinho.