Aí um ou outro pai ou mãe falam:
"Acho que o remédio pra febre não deve estar funcionando mais, pois nós já tivemos que usar algumas vezes!..."
Errados a conclusão e o motivo, provavelmente.
Ainda que seja plausível a perda de efeito medicamentoso com o uso frequente (em muitos casos realmente acontece, e mais com determinados tipos de medicamento do que com outros), no caso da criança dificilmente o uso chega a ser tão frequente assim (e é mais o uso continuado do que o frequente que altera a ação).
Além disso, nesses casos em que os pais costumam verificar a ausência de efeito tende a ser por algo chamado virulência do germe, ou seja, a sua capacidade de produzir maior ou menor febre, dentre outros sintomas. Uma outra explicação (que pode se somar à anterior) é o momento de reação imunológica da criança, que pode estar com uma tendência à uma reação mais "violenta" (ou até desproporcional, por imaturidade imunológica), que se traduz por febre mais alta.
Relembrando, então, a noção de que nem sempre mais febre significa coisa mais séria ou mesmo mais perigosa.