"Mas não faz mal?"
Ou, mais especificamente:
"Não faz mal pro fígado?"
Virou o grande medo.
Válido. Como com qualquer medicamento.
O problema é que ainda é a mais segura medicação para a febre e dor da criança.
"E o fígado, e o fígado?"
Como explicaram médicos britânicos num recentíssimo editorial no Archives of Disease in Childhood, a frequência da complicação (insuficiência hepática, a temida falência do fígado) é absurdamente baixa em relação à frequência do uso. Somado a isso, em "muitos dos poucos" casos registrados, ou os pais utilizaram doses superiores às recomendadas ou as próprias crianças se intoxicaram (ou ainda: outras medicações foram associadas, ou ainda: a possibilidade da medicação ter sido falsificada, fato comum em regiões mais pobres do mundo).
Nenhuma necessidade de defender o paracetamol (os autores do artigo, por exemplo, não têm relação com a indústria farmacêutica, nemmeno io). A questão é colocá-lo no ranking devido.