A gente nunca sabe ao certo se a natureza complota para a nossa sobrevivência ou para nos matar (provavelmente um misto de ambos), principalmente a partir de uma certa idade.
Por que digo isso?
Porque a gente costuma citar a natureza como uma verdadeira mãe ("mãe natureza"), aquela que só existe (existe porque somos parte dela) para nos manter vivos e saudáveis, e que quando a contrariamos, os problemas aparecem.
Claro, isso não é bem assim. Mas sempre é bom escutarmos o que nossa mãe tem pra nos falar.
Vou dar um exemplo. Um exemplo bobo e prosaico.
Por toda a história da humanidade, o homem sempre viveu com (perdão pelo termo) o rabo sujo. Como qualquer outro animal. No máximo um matinho, para aqueles mais higiênicos. Essa coisa de papel (justamente higiênico), de bidê, de banho duas vezes ao dia, é coisa de agora pouco. A regra era a sujeira, as mosquinhas voando em volta.
Isso (o natural, o se manter sujinho, com germes fecais pululando ao redor do ânus) sempre fez mal ou bem para a sua saúde?
Pode parecer óbvio. Mas se sabe que germes (germes dos seus devidos locais) muitas vezes protegem mais do que fazem mal. É assim na cavidade vaginal, é assim na boca, é assim principalmente no intestino. Por que não pode ser assim na sua desembocadura (no ânus)?
Eca!!
Concordo, eca! Mas vale para o argumento: quando o homem moderno cria um hábito (seja higiênico, seja alimentar, seja medicamentoso, vá esse hábito contra ou a favor da "mãe" natureza), pensando estar no rumo certo, pode estar jogando contra sua própria sobrevivência, sua própria saúde.
Quem nos disse (que eu saiba não há estudos a respeito) que bundinha limpa não predispõe a alguma doença mais séria (fissura anal e abscessos, por exemplo, são evitadas pela melhor higiene, mas...)?