Volta e meia a gente comenta no dia a dia das maternidades que essa história de contar com o ovo dentro da galinha é perigoso. Metaforicamente ou não.
Estudo desse mês na revista Obstetrics & Gynecology mostra que a maioria das pessoas já dá nome e profissão pro embrião, por assim dizer.
Esquecendo que cerca de 15-20% das gestações não vinga, normalmente por "defeitos" genéticos inerentes à própria multiplicação celular do embrião ou - com menos frequência - por problemas médicos da mãe (ou, ainda, pelos seus hábitos inadequados como o consumo de álcool ou fumo). Pesquisados responderam (erroneamente) que o aborto espontâneo ocorreria em cerca de 4 a 6%, apenas.
Erguer peso, "nervoso", etc. não entram como causa. E aí outro erro de concepção: a não ser no caso do uso de substâncias pela mãe, não há "culpados" pelo fato. O desconhecimento, então, leva à culpa. Faz os quase-pais se sentirem mal a respeito da perda, de resto comum. E a religião não ajuda, pois tende a aumentar culpas ("Deus não quis!...").