Por isso, muitos bons profissionais se perguntam diariamente se precisam continuar ali, sobrecarregados entre pacientes sofredores (quase todos), parentes exigentes (nem todos) e chefes algozes (boa parte).
São essas pessoas que no fim das contas "põem a mão na massa" quando todos nós, por uma razão ou outra, baixamos ao hospital.
São eles que devem interpretar prescrições, não errar de quarto e de horário, ouvir gemidos e lamúrias que pacientes muitas vezes não têm coragem ou oportunidade de fazer ao médico.
Devemos muito mais à eles sermos bem ou mal atendidos num determinado hospital (ainda que os louros dos tratamentos, interessante, caiam todos na cabeça médica).
Vendedores, motoristas, comissários, cabelereiros. São algumas das várias profissões que rivalizam - e quase sempre ganham - em salários e mesmo em prestígio.
Assim, devagar, vão sobrando espíritos altruístas (vários) ou incapazes para outros serviços (alguns perigosos). Rezemos todos para que os primeiros não desistam.