De novo, falo por mim:
Quantos casos de anafilaxia vi na minha vida profissional?
Rosca (Zero)!
E mais: não conheço ninguém que morreu por anafilaxia (pois é frequentemente fatal), nem ninguém que conhece, e por aí vai...
Então - de novo, pela minha limitada experiência - aprendi a não temê-la tanto assim.
Imagino que se eu fosse radiologista ou anestesista, temeria muito mais (anafilaxia tem, entre outras causas como alimentos ou substâncias de uso profissional, o uso de anestésicos e contrastes para exames radiológicos).
Aí a outra questão: o que fazer com um paciente com anafilaxia?
É questão de provas médicas a toda hora: adrenalina (no ambiente hospitalar, e o mais depressa possível).
O interessante é que, em épocas de procedimentos testados cientificamente, não há estudos que comprovem a eficácia de qualquer tipo de tratamento (especialmente outros tratamentos chamados de segunda linha, como corticóides e antialérgicos, que muitas vezes são feitos antes da adrenalina).
Faz-se meio que por fazer, em alguns casos. Até porque é um evento dramático, assustador para quem passa e para quem "assiste". Mas uma dose de oração é também muito necessária!...
Tento ensinar aos meus pacientes: alergia (principalmente por alimento ou medicação) que vai piorando muito rapidamente? Ache a chave do carro e vá se dirigindo pro pronto socorro mais próximo! Melhorou (ou estabilizou) no caminho? Volte pra casa!
(não esquecendo que a anafilaxia pode ser bifásica: os sintomas podem recrudescer em até 72 horas)