Não dá raiva?
Quando você aprende um conceito na área da saúde e vai acreditando em tudo aquilo, até que novas pesquisas provam justamente o contrário?
Não é revoltante?
Quando tudo o que você vinha fazendo conforme as regras do bem viver, do viver saudável, é desmentido?
Não é de ficar ... ?
Quando você percebe que isso acontece mais vezes do que não?
Então...
A novidade do momento é sobre aquela história toda dos radicais livres e dos antioxidantes...
Sempre (esse sempre é meio recente, mas tudo bem!) nos disseram que as células ao serem submetidas a qualquer tipo de stress (stress celular, cujo principal representante é o câncer) produziam maior quantidade de radicais livres (ou espécies reativas de oxigênio, ROS, na sigla em inglês), e que esses radicais livres deveriam ser combatidos pelos antioxidantes, produzidos pelo organismo mas também presentes em muitos dos alimentos saudáveis, como frutas, legumes e verduras (além de certos compostos vitamínicos) para que o equilíbrio se restabelecesse. E que por isso, mesmo para se prevenir o câncer, deveríamos nos alimentar com estes alimentos em profusão.
Meia verdade. Ou até: ledo engano!
Pesquisadores americanos publicaram estudo mostrando que no câncer (ou mesmo até na prevenção dele) alimentos ou medicamentos propalados como antioxidantes - e, portanto, benéficos - talvez façam mais mal do que bem!
E por que?
Porque as próprias células cancerosas (indesejadas) produzem quantidades tão elevadas de antioxidantes quanto dos próprios radicais livres para que o equilíbrio se estabeleça, e elas possam assim continuar se reproduzindo desordenadamente. Um "gás a mais" de antioxidantes rompe esse equilíbrio a favor da maior multiplicação celular - com o resultante desenvolvimento do tumor!
E de fato - explicam os pesquisadores - as terapias que funcionam para o câncer aumentam a oxidação celular, não a diminuem. As drogas quimioterápicas matam as células tumorais através da oxidação. O problema é que essa "oxidação excessiva" produzida pelas medicações judiam das células do restante do organismo.
O que fazer?
Ainda existe a busca das medicações que tenham como alvo oxidante (de destruição, portanto) apenas as células de cada tipo de tumor, poupando o chamado "balanço redox" intacto no restante do organismo.
E até lá: excesso de nada, mesmo de "coisas" que pareçam muito saudáveis (o que não quer dizer comer coisas poucos saudáveis, ô espertinho!).