Quando um pediatra (que se acha, com algum direito, meio "pai" dos seus pacientes) tem que encaminhar alguma criança para algum colega fica às vezes numa bananosa: será que esse colega não vai "pegar pesado" (seja com hiperdiagnósticos, seja com tratamentos excessivos)? Ou, ao contrário, será que não vai dar pouca atenção ao problema?
Ou, ainda, não vai "roubar" o paciente à jamais (mesmo que seja um especialista, e não um pediatra)?
Acontece.
E ainda que essas situações muitas vezes aconteçam sem a nossa interferência (nosso encaminhamento), nessas horas ficamos com cara de "(coisa feia)".
É chato ter que dizer no retorno do paciente: "Espera, que não é bem assim", ou "Aí, não concordo" ou mesmo "Esqueça tudo, vamos começar de novo".
Mas também acontece.
Ainda mais com pediatras possessivos (como são mesmo muitos dos próprios pais)!