Grosso modo, a estatística de doenças infecciosas em
crianças pequenas (até 4 a
5 anos) é a seguinte:
De cada 10 crianças, 9 têm doenças causadas por vírus, com
resolução espontânea e sem necessidade de antibióticos.
Dessa forma, apenas uma entre dez costumam ter doença
bacteriana, com necessidade de antibiótico para resolução.
Então – você deve estar se perguntando – por que se usa
tanto antibiótico pra essas mesmas crianças?
a) por desinformação médica (quanto à estatística acima)
b) por erro diagnóstico por parte do profissional
c) por pressa na “solução” do problema da febre, tanto por
parte dos pais quanto por parte dos médicos (embora essa seja uma conduta na
maior parte das vezes errada)
d) pela dificuldade de seguimento da criança (quando essa
é atendida em serviços de emergência), o que também não deve ser uma
justificativa válida (ainda que em alguns casos aceitável)
e) por simples falta de consciência profissional
Veja que dos cinco motivos citados, pelo menos três são de
responsabilidade do médico (um dos fatores é mais relacionado a dificuldades
estruturais dos serviços de saúde). Ainda assim, mudanças de atitude têm
dependido mais da informação e tomada de consciência por parte dos próprios pais.