Veja como, com todas as informações disponíveis que temos,
ainda deixamos as decisões sobre a nossa saúde apenas nas mãos do médico (e são/somos todos confiáveis – são/somos
mais confiáveis que, por exemplo, advogados ou agentes imobiliários?):
Na polêmica questão do contraceptivo: a mulher vai ao
consultório solicitando algum método e “ganha” uma receita com determinada
pílula. Ponto. Na maioria das vezes.
As chamadas pílulas de terceira e quarta geração
(basicamente mais “moderninhas”) têm provocado escândalo na imprensa de alguns
países pelo maior risco de eventos tromboembólicos, que não são problemas de
pouca seriedade.
As mais “antiguinhas” (à base de norgestrel e
levonorgestrel) continuam sendo mais seguras, mas por serem démodé e basicamente por não ganharem
patrocínio em consultórios ginecológicos, vão dando lugar às modernas moléculas
desogestrel, gestodene, drospirenone, etc.
Soma-se ao problema o uso cada vez mais precoce de
contraceptivo, o maior risco tromboembólico de jovens com resistência
insulínica (típica da geração que quase só come bobagens), IMCs elevados,
consumo de cigarro e bebidas, etc.
A “dona do corpo” deve se informar. Deve questionar seu
médico sobre riscos de cada método. Deve, inclusive, desconfiar da
inflexibilidade nas prescrições de um ou outro profissional.