Você, por um motivo ou outro, decidiu solicitar dosagem de
colesterol no seu filhote.
Ao abrir o envelope do exame está lá: alto (não está, claro,
assim no exame, está o valor que você, que sabe ler intervalos entre números,
viu que está alto)!
O que fazer agora?
Perguntar para o médico o que fazer, dirá você.
Mas... o pobre do médico (pediatra – pobre do médico e
médico pobre) sabe o que fazer?
Pululam nos jornais médicos (que é de onde deveríamos retirar informações) guidelines (normas, mas são chamadas
assim, guidelines) sobre o que fazer
com o colesterol elevado em crianças.
Nenhuma delas muito crível!
Vejamos por que:
Quase toda essa turma responsável pelas guidelines são gente vinculada à
indústria farmacêutica. E aí, adivinha qual a solução para o colesterol
elevado?
Uma empadinha para quem disse: remédio.
Não temos – como história de humanidade – idade suficiente
para saber de que adianta tomar remédio para baixar colesterol desde a
infância. Será melhor? Será pior quando se atingir a idade adulta? Morrer-se-á
menos do coração ou de derrame? Ou para riscos do coração é melhor e para
riscos de derrame é pior? E os rins (ai, o que é que tem os rins, meu Deus?).
Veja que encrenca!
Outra: e a moçada que foi criança até o século passado?
Não tinham muitos deles colesterol elevado desde a infância e viviam na “santa
ignorância”?
Isso fez mais mal para a saúde – ou o contrário (eu
imagino a resposta, mas não vou falar pra você, enxerido!).
Sabe do que?
É um daqueles problemas que até hoje – final do ano 2012 –
a melhor resposta que podemos dar é:
Sei lá!