Lembra de quando existiam árvores?
Não, quando existiam não, pois elas ainda existem.
Falo de quando nas nossas viagens olhávamos para elas.
Sem nossas internets, sem nossos Facebooks a nos distrair, nos subtrair as paisagens.
À época dos MP3 nos restavam os olhos. Que foram sendo afastados para as telas dos GPS (por que tanta sigla, meu Deus?).
Aí vieram as telinhas de DVD (olha elas, as siglas, aí de novo!). Mas éramos um pouco imunes, já tínhamos visto e revisto filmes e shows (até aí sem muita novidade).
Ainda preferíamos as árvores, no mais das vezes.
Carros auto-guiados, que luxo! Câmera de ré. Sensores. Até que chega essa coisa na frente do motorista. Um motorista do motorista. Que assim se intitula somente porque se senta no banco esquerdo da frente (Lembrei de marcha. Lembra?).
Então.
Agora, conectados, plugados, assistimos ao mundo em movimento. Não o da nossa frente, o de trás ou o dos lados. O mundo real, o mundo virtual de outrora.
Chegamos onde nunca havíamos pensado. Como se nunca tivéssemos saído do lugar.
Mas, espera...
Já chegamos?
Aqui em casa, estamos tão lotados de gadgets tecnológicos que – fôssemos uma família de língua inglesa – estaria chamando minha esposa de “my wi-fi”, e ela, “my husbanda larga” (modéstia à parte!).
Não, quando existiam não, pois elas ainda existem.
Falo de quando nas nossas viagens olhávamos para elas.
Sem nossas internets, sem nossos Facebooks a nos distrair, nos subtrair as paisagens.
À época dos MP3 nos restavam os olhos. Que foram sendo afastados para as telas dos GPS (por que tanta sigla, meu Deus?).
Aí vieram as telinhas de DVD (olha elas, as siglas, aí de novo!). Mas éramos um pouco imunes, já tínhamos visto e revisto filmes e shows (até aí sem muita novidade).
Ainda preferíamos as árvores, no mais das vezes.
Carros auto-guiados, que luxo! Câmera de ré. Sensores. Até que chega essa coisa na frente do motorista. Um motorista do motorista. Que assim se intitula somente porque se senta no banco esquerdo da frente (Lembrei de marcha. Lembra?).
Então.
Agora, conectados, plugados, assistimos ao mundo em movimento. Não o da nossa frente, o de trás ou o dos lados. O mundo real, o mundo virtual de outrora.
Chegamos onde nunca havíamos pensado. Como se nunca tivéssemos saído do lugar.
Mas, espera...
Já chegamos?
Aqui em casa, estamos tão lotados de gadgets tecnológicos que – fôssemos uma família de língua inglesa – estaria chamando minha esposa de “my wi-fi”, e ela, “my husbanda larga” (modéstia à parte!).