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2 de março de 2010

Exército


A pressão que certas mães sofrem por parte de amigos e familiares para que “façam diferente do que estão fazendo” com seus filhos é um fato que pode ser alçado à categoria de calamidade pública fácil, fácil.
Tome como exemplo a amamentação exclusiva até o 6º. mês: a nova mamãe foi conscientizada da importância por profissionais muito bem intencionados (e há poucas situações em que os profissionais da saúde agem de forma tão bem intencionada como quando promovem a amamentação), o bebê vai indo muito bem (o que, claro, os pitaqueiros de plantão vão buscar negar à pobre mãe) e lá vem a turma (eu quase que posso vê-los como um verdadeiro exército de urubulinos invadindo o campo de batalha enquanto aqui escrevo):
- Dê chazinho!
- Dê comidinha!
- Dê isso!
- Dê aquilo!
O raio que o parta! – desculpe a grosseria, mas deveria ser a resposta da nossa mãe indefesa, à mercê dos pseudo-bem-intencionados.
Por que é que têm que querer saber mais do que os profissionais, ora bolas? E mais, querem saber mais do que a própria mãe, que instintivamente deve saber o que é melhor pra ela e para o seu filho?