Tenho mais de 40 anos (mais de quatro décadas).
Me formei há mais de 20 anos (mais de duas décadas, portanto).
Embora me sinta ainda uma criança (apenas por um inevitável e ilusório instinto de sobrevivência, é bom que se esclareça), para que se tenha uma idéia do que isso significa, basta lembrar que durante todo meu período de formação não se ouvia falar de três palavrinhas: celular, computador e internet.
É isso, aí. Se você que me lê agora for por acaso um jovem, pode levantar da cadeira!
Tenho pensado muito na diferença que esses três fatores representam nas capacidades de raciocínio e aprendizado do jovem médico (como de resto de qualquer jovem acadêmico).
Quanto ao celular, não tenho o menor pudor em dizer que - exceto alguma utilidade menor como a velocidade de recuperação de algum artigo esquecido, por exemplo – veio para atrapalhar. Ponto.
Tente assistir a uma peça de teatro. Tente assistir a um filme no cinema. Que dirá uma aula, para se perceber a capacidade desconcentradora dessas maquininhas tão revolucionárias quanto dispensáveis, perturbadoras da paz de espírito necessária para um bom aprendizado.
Computador e internet:
Aí a coisa é bem diferente – e muito mais complexa.
Está na cara (e na casas, nos carros e até nos banheiros) de todo mundo a diferença que a internet fez em termos de velocidade de propagação do conhecimento.
Ponto positivo, com enormes P maiúsculos.
Mas também estão ficando evidentes dois efeitos colaterais do processo: a velocidade da desinformação (a proliferação de fontes de informações falsas ou imprecisas ou intencionalmente manipuladas) e a ansiedade do desconhecimento (no seguinte sentido: “Se o conhecimento humano é tão vasto – tão vasto como nunca pareceu – como é que eu, pobre ser humano, vou dar conta de ao menos me iniciar nesse conhecimento?”).
Pois é...
Por isso, está tão difícil encontrar um jovem “encontrado”, não ansioso com o momento ou com o futuro, com habilidades cognitivas pari passu com o equilíbrio necessário para o desenvolvimento da tão almejada sabedoria.
Tremenda dor de cabeça para formandos e formadores!
Me formei há mais de 20 anos (mais de duas décadas, portanto).
Embora me sinta ainda uma criança (apenas por um inevitável e ilusório instinto de sobrevivência, é bom que se esclareça), para que se tenha uma idéia do que isso significa, basta lembrar que durante todo meu período de formação não se ouvia falar de três palavrinhas: celular, computador e internet.
É isso, aí. Se você que me lê agora for por acaso um jovem, pode levantar da cadeira!
Tenho pensado muito na diferença que esses três fatores representam nas capacidades de raciocínio e aprendizado do jovem médico (como de resto de qualquer jovem acadêmico).
Quanto ao celular, não tenho o menor pudor em dizer que - exceto alguma utilidade menor como a velocidade de recuperação de algum artigo esquecido, por exemplo – veio para atrapalhar. Ponto.
Tente assistir a uma peça de teatro. Tente assistir a um filme no cinema. Que dirá uma aula, para se perceber a capacidade desconcentradora dessas maquininhas tão revolucionárias quanto dispensáveis, perturbadoras da paz de espírito necessária para um bom aprendizado.
Computador e internet:
Aí a coisa é bem diferente – e muito mais complexa.
Está na cara (e na casas, nos carros e até nos banheiros) de todo mundo a diferença que a internet fez em termos de velocidade de propagação do conhecimento.
Ponto positivo, com enormes P maiúsculos.
Mas também estão ficando evidentes dois efeitos colaterais do processo: a velocidade da desinformação (a proliferação de fontes de informações falsas ou imprecisas ou intencionalmente manipuladas) e a ansiedade do desconhecimento (no seguinte sentido: “Se o conhecimento humano é tão vasto – tão vasto como nunca pareceu – como é que eu, pobre ser humano, vou dar conta de ao menos me iniciar nesse conhecimento?”).
Pois é...
Por isso, está tão difícil encontrar um jovem “encontrado”, não ansioso com o momento ou com o futuro, com habilidades cognitivas pari passu com o equilíbrio necessário para o desenvolvimento da tão almejada sabedoria.
Tremenda dor de cabeça para formandos e formadores!