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18 de setembro de 2009

Disfarce


Tem muito paciente pediátrico que quando percebe-se com “prazo vencido”, ou seja, se torna muito grandinho para consultar com pediatra, fica sem pai nem mãe (nesse caso mais exatamente sem médico pra chamar de seu).
Ainda que a gente deva estimular o crescimento do adolescente também nesse sentido – o aprendizado da perda do vínculo com o médico da infância – somos seres humanos.
Eles, como nós, também querem voltar a ver alguém que foi importante durante anos.
E enquanto se aguarda que sejam os próximos pais trazendo seus filhos, vamos fazendo vista grossa para suas idades, atendendo-lhes com nossas limitações de médicos de crianças.
Mas... e o constrangimento da sala de espera?
O que fazer com os olhares estranhos dos outros pacientes, com os bichinhos melados, com as figuras da turma da Mônica na parede?
Aqui vão algumas sugestões:
1) Finja-se de grávida. Diga que quer combinar o atendimento na sala de parto. Coloque uma almofada (duas para gêmeos) dentro da camiseta e simule estar um pouco enjoada (obs.: válido somente para moças).
2) Entre pela porta dos fundos. Ou, em alguns consultórios, pelo refeitório dos médicos. Janela é uma opção - em consultórios térreos e devidamente avisado.
3) Marque três horários: o imediatamente antes e o imediatamente posterior (opção meio cara), para usufruir da sala de espera vazia.
4) Crie (ou roube) uma credencial de repórter. De preferência, chegue anunciando que é de alguma revista famosa (quem sabe o médico ainda o compense financeiramente).
5) Vá de branco. Diga que é um médico assistente novato.
6) Minta a idade. Faça a barba bem feita e comente o quanto você é grande pros seus 6 anos.
Ou então... assuma, mesmo! Sente na cara dura no meio da criançada e curta o momento (já que aos 2 anos de idade você só se esgoelava).

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