Desde a última grande pandemia (em termos de casos fatais), a "gripe espanhola", não nos demos mais as mãos. Abraços, nem pensar.
Quase não saímos mais de casa.
Paramos de viajar.
Não enchemos bares e restaurantes. E, quando lá fomos, mantivemos uma cuidadosa distância.
Usamos, a partir de lá, máscaras.
Lembrávamos a cada instante, nas nossas celebrações da vida, que tudo aquilo era irresponsável, que não estava certo, e que o melhor mesmo era todo mundo ficar enfurnado, esperando por algo, como quando se espera por um milagre qualquer.
E é justamente por isso que, quase exatos cem anos depois, ainda estamos saudáveis como sempre estivemos, com hospitais vazios, assim como os cemitérios, com muito poucas mortes.
Soubemos o que fazer. Sempre soubemos. Uma característica, aliás, do ser humano, sapiens: se em raros casos, ele não sabe o que fazer, basta que se diga, que ele faz!
Recomendo fortemente que se acesse esse link, do jornal americano The Washington Post. Lá, já no início, há uma "gravura viva" (infográfico) mostrando o número de mortes das epidemias mundiais conhecidas, com sua respectiva ordem de grandeza. Dá a dimensão da nossa "loucura", ou "pânico", ou "ignorância", ou que se quiser chamar, com esse midiático vírus.