Dessa vez, por conta de uns macacos mortos (pelo menos, ainda).
Como sou médico velhinho ("macaco velho" é a expressão que quero evitar agora), lembro da década de 1990 em que ficamos todos com um balde na mão e um frasco de soro na outra esperando o começo da epidemia da cólera (foi, por exemplo, capa de revista Veja, que tentei achar no Google imagens mas não consegui).
Não veio.
E aí, outros medos vieram vindo. Da meningite B (de volta meio recente, falei aqui), das gripes ditas "pandêmicas" (também falei aqui), da gripe aviária (também, há mais de uma década, falei aqui), e da própria febre amarela (também, uma década atrás, aqui no "Olho"!), do sarampo (onde? aqui!), dentre outros medos mais "regionalizados".
Claro que há necessidade de vigilância. E mesmo de informação a respeito.
De mais medo, não estamos precisando.
(acho muito curioso que uma febre amarela mobilize muito mais os meios de comunicação do que, por exemplo, a velha e má tuberculose, ou a ainda o câncer de pulmão - que tem um grande atual culpado, os veículos motores - que matam absurdamente mais gente...)