O Brasil nunca esteve tão "nós contra eles", o que sempre foi um cadinho para as decisões extremadas.
Não era de não se esperar que isso acontecesse um dia. Levaram longe demais o tripúdio, o descaso, a esmola, a insensibilidade ao outro, seu vizinho.
O grande problema é que o país está no jardim de infância política, e nunca soube fazer mais do que seguir as regras do jogo das elites. Se isso tivesse chegado ao fim (mas só parece que é o caso!) não iria nem nos restar torcer para que as coisas se consertassem de maneira rápida. Como bem disse a jornalista Miriam Leitão (elite, só pra classificar!): "O populismo tem soluções simples para problemas complexos. Só que elas não funcionam!".
Então vamos ter que ir descendo, descendo, e quando estivermos passo a passo com a Venezuela, arrumaremos para nós um Maduro (sem bigode, senão aí já é demais!) ou outro salvador qualquer e... Seguiremos descendo!
Nossos pobres, desassistidos, abandonados só têm sido usados como massa de manobra, porque o conserto do que é sofrido só se faz com mais sofrimento, e com verdades duras de ser ouvidas. Isso já foi alguma vez diferente?