E às vezes perguntam coisas para as quais não temos resposta, claro.
Uma das perguntas que me dão mais soninho é:
"Onde o bebê deve dormir?"
Responder "na cama" não satisfaz esses pais tão insatisfeitos. Querem mais. No nosso quarto? No dele? Pode ser com a gente? E etc.
Inicialmente devemos lembrar que a sociedade muda sempre. Se estamos lidando com um casal "convencional" (pai, mãe, dormindo no mesmo quarto), a orientação pode ser uma bem diferente da orientação para a mãe solteira, para o casal com (ainda) vários filhos, para uma criança para a qual um quarto "dela" é um luxo impensável, etc.
Além disso, desaconselharia totalmente uma coabitação de quarto com pai ou mãe fumante (independente do fato de fumarem fora desse quarto, pela eliminação de poluentes no ar expirado desses pais).
A Academia Americana de Pediatria desaconselha firmemente o compartilhamento da cama do bebê com os seus pais (pelo potencial perigo de os pais sufocarem seus filhos acidentalmente), ainda que esse evento seja muito raro. No Brasil essa prática ainda é muito adotada (até porque somos raça muito mais aconchegante do que a turma de origem anglo-saxônica).
Já a "firmeza" de manter a criança no seu quarto desde o momento que nasce é para poucos (e, naturalmente, firmes!). Costuma ser bom, mas é difícil que possa ser algum dia encarada como uma norma.
Complexo, mais do que pode parecer.
"Na cama" continua sendo, talvez, a melhor resposta.