O Amor Cura?
(pus assim, em inglês, para dar cara de filme drama hollywoodiano...)
Todo mundo já está meio careca de saber que sim, o amor pode ajudar a curar. Ou se não cura exatamente (pois não há cura para tudo), pelo menos ameniza os sofrimentos de quem adoece. Também algo bem sabido.
Então pra que repetir isso?
Pra lembrar que a dose de cada ingrediente na cura de pequenos males, como os que afligem crianças com uma frequência grande, pode ser "mais amor e menos agressão". Funciona, e funciona muito bem.
Me explico:
Uma determinada criança com uma pneumonia leve pode e deve se beneficiar mais com um tratamento antibiótico caseiro (desde que a coisinha tome o remédio, bem entendido!) e com o conforto e o carinho do lar e dos seus parentes (amor, em suma) do que com uma internação, onde será agredida desde a entrada (com a perda das referências domiciliares, como mínimo fator de agressão). Isso quando não tomará injeções, terá soro na veia, e etc. (só lembrando que falamos de casos leves, onde a troca pode ser feita sem grandes riscos de complicação).
Por outro lado, em ambientes conturbados, problemáticos, onde rola pouco amor, a própria internação pode ser um fator reversor, onde se dará mais carinho e menos agressões (agressões muitas delas involuntárias, como a falta do que comer ou onde reposar adequadamente, como no caso de algumas famílias muito pobres). Víamos muito isso no passado. Tem melhorado.