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17 de maio de 2016

Onde Foram Parar Todas Aquelas Infecções de Ouvido?


Tirei esse título de postagem assim como está lá no site do New York Times porque me chamou a atenção, e também porque é uma pergunta que eu também me faço.
Se diagnosticava infecções de ouvido há alguns anos atrás (coisa de mais de uma década) com muito maior frequência (provavelmente) porque:
(Também como está lá na postagem original) 1) As vacinas (principalmente do pneumococo) diminuíram a incidência de algumas bactérias causadoras de "real" infecção do ouvido (escrevi "real" aqui para diferenciar das infecções mal diagnosticadas).
2) A incidência maior de amamentação realmente protege das infecções de ouvido (ainda que a incidência de amamentação não faz só crescer atualmente, infelizmente).
3) A menor incidência de mães fumantes diminui a incidência de otites (ou pelo menos o respeito ao ambiente da criança - fumo passivo).
4) O melhor critério, a estreiteza no diagnóstico vale (talvez) pra lá (pros Estados Unidos). Aqui não sei se é o caso. Aqui, acredito que o motivo seja um fator mais triste (e aí o único motivo, claro, não listado na postagem deles):
Crianças brasileiras com sintomas de otite costumam ser atendidas onde? Em emergências e postos de saúde. Aí, infelizmente, na presença de mínimos sinais de infecção o diagnóstico vai para... a garganta. Assim mesmo, "chutado": infecção de garganta, ache-se o que se achar! (até porque muitas dessas crianças mal são examinadas). Com o diagnóstico "de sempre", boa parte da culpa recai sobre outro órgão, muitas vezes com o mesmo resultado. Mirou a garganta, acertou o ouvido.