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15 de janeiro de 2016

Nem Tudo É Só Cabeça


A microcefalia ganhou as manchetes brasileiras por conta do vírus Zika.
Cabeças pequenas são a medida externa de um cérebro (conteúdo) pequeno nesses casos. Ou seja, a caixa craniana reflete um cérebro que não se desenvolveu intrauterinamente.
Por isso preocupam: porque o "estrago" já está feito antes da criança nascer. É pouco comum, mas é comum quando há alguma infecção da criança no útero materno, como no caso da rubéola, da toxoplasmose e do citomegalovírus. O Zika é "só mais um". Mais novo, infelizmente está se tornando frequente, mas é "só mais um" na triste estatística de especialistas abarrotados de pacientes com problemas neurológicos, que necessitam fisioterapia, estimulação precoce e medicações para controle de sintomas incômodos.
A Sociedade Brasileira de Pediatria soltou nota nesta semana relembrando que muita criança com cabeça pequena tem tudo pequeno. São crianças de baixo peso ou com retardo de crescimento global que tem suas cabeças pequenas "normais" nesse contexto. Sem necessidade de grandes cuidados a mais, na maioria dos casos.


Além desses, casos de cabeças pequenas por cavalgamento ósseo (também comum) vão apresentando normalidade do crescimento craniano com o passar de dias ou semanas, despreocupando. O cavalgamento ocorre pelo acomodamento dos ossos cranianos (que são "ilhas" ósseas ao nascimento, e que vão se juntando para formar um "continente" ósseo em poucos meses - processo inverso da formação dos continentes planetários) na passagem pelo canal do parto.