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23 de maio de 2014

Tormento Púrpura


Um pediatra pesquisador de Idaho, Estados Unidos, também muito incomodado com as bobagens que se falam (e fazem) sobre as chamadas "cólicas" do lactente, criou uma sigla mnemônica para os choros dos primeiros meses de vida:
PURPLE crying ("choro púrpura"), um termo que já tem sido muito usado pelos americanos (gostaria muito que por aqui pegasse também, o que dificulta é o fato de ser em inglês), significando:
P de "peak", pico, choro que inicia por volta das duas semanas de vida e atinge um pico por volta dos 2 meses de idade.
U de "unexpected", inesperado, crises de choro que vêm "do nada", sem avisar - assim como vão embora também de forma inesperada.
R de "resists", resiste às tentativas (mil!) de se fazer parar.
P de "pain-like face", cara de dor da criança que chora (os pais muitas vezes juram de pé junto que a criança tem dor).
L de "long lasting", longa duração. As crises diárias podem durar até 5 horas ou mais.
E de "evening", tarde e/ou noite, são os horários mais frequentes das crises.
Cerca de 95% dos casos não significam nada de mais - explica o Dr. Ronald Barr - mas quase levam os pais a loucura, pois "pais são feitos para se preocupar com seus filhos".
O que se faz? 
Espera-se que amadureçam.
Mais ou menos como outra fase da vida: a adolescência. Essa um pouquinho mais longa (e onde algum pais às vezes perdem os fios de cabelos jà brancos das noites de "cólicas").