Às vezes certas condutas médicas surgem do nada. Outras vezes, parecem surgir de um aparente bom senso. Até os resultados provarem o contrário.
Uma dessas condutas que estão se tornando comuns:
Um bebê com ganho de peso inicial acima ou muito acima da média, mamando somente no peito.
O que fazer?
Nada, claro. Mesmo que o "sujeitinho" em questão seja um tremendo guloso.
Daí a conduta inventada:
Pedir para a mãe do fominha dar menos mamadas. Ou interromper antes da saciedade. Ou alongar os prazos.
Nada disso é baseado em estudo científico que a embase.
E pior, o tiro sai pela culatra.
Por que?
Porque mecanismos hormonais boicotam e compensam um menor aporte energético (como nas dietas dos adultos).
Porque o "desespero", a avidez da criança só faz aumentar, e não diminuir (bem como o próprio peso no longo prazo!).
Porque nenhuma mãe consegue ver seu pequeno glutão pedindo mais e recusar!
Somente a partir da introdução dos outros alimentos (6o. mês em diante) é que podemos fazer escolhas mais cuidadosas (como evitar alimentos muito calóricos ou industrializados, por exemplo), ainda assim respeitando o baita apetite!